9 de jun. de 2011

Violência nas Escolas


“Bullying”, ou mais conhecido como violência verbal e/ou física gerada na comunidade escolar, tem vindo a aumentar de ano para ano, cada vez mais intensificada e sem fim à vista. O nome “bullying”, que provem do Inglês, foi inserido na nossa lingua há relativamente pouco tempo, tão recente até que muitos ainda desconhecem tal palavra. Cerca de 300 casos de “bullying” tiveram lugar nas escolas portuguesas, no passado ano lectivo, tendo sido apreendidas cerca de 84 armas de fogo. A principal causa deste grave problema prende-se à divisão dos jovens em grupos que, por vezes, ridicularizam alunos que, segundo os seus padrões, são considerados inferior aos outros e por isso são sujeitos às piadas, às reduções ao ridículo e até à violência física. Além destes casos, também se verificam situações de violência sexual. Como qualquer problema, também este tem as suas consequências. Desde provocar estados de angústia e raiva até ao caso extremo da depressão. A depressão, por sua vez, pode levar ao suicídio, sendo capaz de passar por uma fase de automutilação [ferir-se a si próprio]. O suicídio, embora pareça impensável, é ao que muitos jovens recorrem e, sem motivação e capacidade para levantar a moral de novo, é quase impossível de ser evitado. O “bullying” não escolhe idades, nem sexos, nem países... Um exemplo disso passou-se nos EUA, quando um rapazinho de seis anos cuspiu na mesa de uma sua colega e rapidamente retirou da sua mochila uma arma, a qual foi carregada no momento, e disparou contra ela, dizendo “não gosto de ti”! A menina acabou por não resistir aos ferimentos e morreu. Temos outros exemplo, Bernardo, um rapaz que fora apelidado de “monte de banhas” acabara a sua aula de E.F. e fora tomar banho; após sair do duche não tinha a roupa pois alguem a tinha escondido e teve que telefonar para a mãe. A mãe fez queixa do sucedido mas o rapaz sofreu as consequências da denúncia, fora mais uma vez agredido, desta vez violentamente. Se sofreres de “bullying”, não dês importância e tenta mostrar indiferença às críticas, contudo, se as coisas se tornarem piores, procura a ajuda dos teus amigos e profissionais a quem possas contar os problemas. Em casos mais extremos, denuncia os agressores à PSP. Nunca, mas nunca, te isoles do mundo e te tentes conformar com a situação nem nunca caias na tentação da automutilação, pois além de ser um processo de libertares toda a tua raiva de forma dolorosa, irás ficar marcado psicologicamente e fisicamente para sempre. Para ultrapassar este sério problema, nada como ter força de vontade e tentar encarar de frente a situação. Já se fez algum para tentar controlar este problema mas ainda muito há por fazer. A violência é um facto comum na nossa sociedade, regida por leis humanas, na teoria, e da selva, na prática!

Quem é realmente culpado pela violência da juventude?


Enquanto a sociedade sai à caça de bodes expiatórios para a violência dos jovens, talvez nosso tempo seria mais bem empregado submetendo todos os assassinos adolescentes mais recentes a um teste para verificar a presença de poluentes tóxicos. 

Acreditamos que uma dieta constante de violência na mídia seja responsável por nosso mundo mais violento, quando, na realidade, pode ser uma dieta constante de pesticidas e metais pesados que está levando nossos jovens para a marginalidade. Estamos preocupados com a falta de envolvimento dos pais — neste contexto, os pais que compram os alimentos plantados com insumos químicos e industrializados para sua família, podem estar contribuindo, sem o saber, para a delinqüência de seu filho. 

Durante décadas, consideramos a violência na nossa sociedade como tendo raízes puramente sociológicas. Nesse ínterim, de acordo com o Departamento de Justiça, na década de 1984-94, o número de jovens menores de 18 anos presos por assassinato TRIPLICOU. A sociedade realmente degenerou tanto assim, ou é, talvez, hora de dirigir nossa atenção para possíveis conseqüências humanas resultantes de uma dramática alteração do suprimento de alimentos.

Esta não é a alimentação do nosso avô
A alimentação passou por uma transformação alarmante desde a 2ª Guerra Mundial. Uma indústria caseira bastante individual na plantação de alimentos foi transformada em um gigantesco complexo industrial mecanizado. Nos anos recentes a tecnologia de alimentação causou mudanças radicais na composição nutricional da comida. Os alimentos no mundo industrializado são "embalados em plástico" e um aumento explosivo de alimentos super-industrializados conduziu a refeição despojada de nutrientes essências e fibras. Uma alimentação repleta de alimentos industrializados pobres em fibras causa maior assimilação de poluentes como o mercúrio e PCB. Estudos mostram que crianças, expostas à PCBs no útero, crescem com problemas de compreensão e memória. Além disso o uso de p esticidas aumentou 33 vezes desde 1942.



O que podemos fazer? 
As pesquisas mostram claramente, que evitar a exposição a agentes tóxicos na infância é apenas parte da solução. Precisamos repensar a nossa dependência de produtos comercias e refeições com alimentos industrializados, assim como liberação de produtos tóxicos no meio agrícola. 

O que os pais podem fazer? 
Seis passos para proteger seus filhos:

  1. compre alimentos orgânicos;
  2. dê apoio a produtos que contenham ingredientes orgânicos;
  3. freqüente restaurantes que utilizam alimentos orgânicos;
  4. use somente produtos org ânicos em sua horta, seu jardim, sua casa;
  5. limite ou elimine carne e lactic ínios na alimentação familiar. 80% de todo milho e soja — a maioria cultivada de forma convencional — é usada como ração para o gado que concentra os tóxicos na carne e no leite;
  6. eventualmente submeta seus filhos a um teste para verificar a presen ça de metais pesados e/ou resíduos de pesticidas — principalmente se eles estão com dificuldade de aprendizagem e problemas de comportamento.

Fonte: TAPS- Temas Atuais na Promoção da Saúde.